Você sabe, e nós também sabemos, que conseguir um financiamento para tecnologias é um desafio significativo enfrentado pelas empresas. O Brasil, em particular, apresenta dificuldades intrínsecas ao nosso ecossistema de inovação, muitas vezes agravadas pelo contexto econômico e histórico. O país ocupa a 49ª posição no Índice Global de Inovação, um contraste com a sua colocação como a nona maior economia do mundo.

O principal desafio aqui é a falta de uma cultura de investimento em inovação por parte das instituições financeiras tradicionais, como bancos e fundos. Frequentemente, o capital é direcionado para setores considerados mais seguros, limitando o financiamento disponível para projetos de pesquisa e desenvolvimento tecnológico.

A instabilidade econômica e política do país também não ajuda, criando um ambiente de incerteza que afeta a confiança dos investidores, dificultando a captação de “capital de risco”. Para empresas que não se enquadram no modelo típico de startups de tecnologia, como as SaaS B2B escaláveis, obter investimentos torna-se mais complicado.

Essa situação agrava-se pela escassez de fundos de Venture Capital e as barreiras burocráticas que complicam o processo de obtenção de recursos para modernização ou desenvolvimento de inovações e tecnologias.

Além disso, a carência de mão de obra qualificada e os altos custos associados a bons profissionais são barreiras adicionais, principalmente em setores como Tecnologia da Informação (TI), onde a demanda por profissionais especializados supera a oferta. Essa escassez eleva os salários e torna a contratação de talentos uma tarefa desafiadora para as empresas brasileiras, que competem diretamente com o mercado internacional. Empresas de outros países podem contratar profissionais brasileiros remotamente, oferecendo salários competitivos e benefícios atrativos, agravando ainda mais a dificuldade das empresas nacionais em reter talentos.

Acreditamos que você deva saber tudo isso, principalmente, porque está vivendo isso na pele. E essa deve ser a principal razão para você estar aqui lendo esse artigo.

Financiamento para tecnologias: o que realmente funciona?

Expusemos as dificuldades para pensarmos nas soluções. Pode ser difícil, mas acredite, elas existem. É exatamente descobrir como encontrá-las, nós da Alora Capital quebramos a cabeça todos os dias. Podemos assegurar que sempre há um caminho para alcançar soluções de capital e facilitar o dia a dia das empresas, seja na na hora de ter caixa, seja para continuar se atualizando tecnologicamente.
Essa é a nossa missão e aqui vamos compartilhar algumas orientações e dicas para ajudá-los nisso.

Apesar da falta de cultura de investimento em inovação, a boa notícia é que nos últimos anos foram criados incentivos fiscais justamente para fomentar os departamentos de P&D dentro das empresas. Entre 2000 e 2022, o Brasil mais que duplicou seus investimentos em pesquisa e desenvolvimento.

Embora não seja uma linha de financiamento, a Lei do Bem é uma estratégia interessante. Ela incentiva as empresas a investirem em inovação, oferecendo benefícios fiscais significativos para projetos de P&D.

Desde sua implementação em 2005, tem sido essencial para fomentar o investimento privado em projetos de pesquisa e desenvolvimento em áreas estratégicas como tecnologia da informação, transição energética, energia renovável e biotecnologia, entre outras. Até o momento, já impulsionou cerca de R$ 205 bilhões em investimentos de empresas privadas em inovação no país.

Considerando o período de 2014 a 2021, a Lei do Bem se consolidou como uma ferramenta muito valiosa, trazendo R$ 144 bilhões de investimento privado para projetos inovadores. Em 2022, houve um aumento de mais de 24% em relação ao ano anterior.

Por isso, utilizar a Lei do Bem é importante porque pode encorajar instituições financeiras a verem investimentos em tecnologia como menos arriscados, devido ao apoio governamental. Outro ponto interessante na utilização desse incentivo fiscal é proteger a empresa da instabilidade econômica e política.

Mesmo que a Lei do Bem não possa diretamente mudar o ambiente econômico e político, ela proporciona certa estabilidade fiscal para empresas que investem em inovação, tornando esses investimentos um pouco mais seguros e atraentes, mesmo em períodos de incerteza. Devido ao benefício da Lei do Bem, foram instalados 16 novos centros de P&D no Brasil e criados 20 mil novos produtos.

Por meio da Lei do Bem, em 2021 foram registrados 31,9 mil profissionais especializados com dedicação exclusiva em pesquisa, desenvolvimento e inovação.

Embora a Lei do Bem e financiamentos para tecnologias não resolvam diretamente a falta de talentos qualificados, os incentivos e recursos adicionais podem permitir que empresas invistam mais em treinamento e desenvolvimento de seus próprios funcionários, além de oferecer salários mais competitivos para atrair e reter talentos.

Com os benefícios da Lei do Bem e o acesso a linhas de crédito mais acessíveis, empresas brasileiras podem melhorar suas ofertas para talentos locais, tornando-se mais competitivas em relação às ofertas internacionais. Isso pode ajudar a mitigar o impacto da competição global por profissionais qualificados.

Captação de recursos para tecnologia: utilize diversas soluções

Em relação à escassez de fundos de Venture Capital, existem programas de fundo perdido e linhas de crédito especiais que podem servir como alternativas ao financiamento por capital de risco, especialmente para empresas que não se enquadram no perfil típico de startups buscadas por esses fundos. Aumentar o acesso a esses recursos pode ajudar a preencher essa lacuna de financiamento para tecnologias.

Existem oportunidades de financiamento, editais de subvenção, incentivos fiscais, investimento privado e outras opções de recursos mais raras no mercado, tanto no setor público quanto privado. Um edital de fundo perdido que ainda está aberto é o Finep Mais Inovação.

Ainda existem alguns outros programas de incentivo à inovação bem interessantes. Caso precise de orientação, uma consultoria financeira como a Alora Capital pode economizar tempo e dinheiro.

Além de termos um portfólio de produtos financeiros e serviços variados, em parceria com bancos e financeiras, nossa equipe de consultores especializados trabalha para simplificar os processos burocráticos.

Isso porque, em muitos casos, a captação de recursos também exige uma consultoria financeira e tributária estratégica, visando adequar o modus operandi da empresa para facilitar a captação dos recursos, otimizando assim o caixa no dia a dia da empresa e proporcionando mais fôlego financeiro para investir em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D).

Conclusão

Para explorar o financiamento para tecnologias, é fundamental entender que os desafios existem, mas são superáveis com estratégias e recursos adequados.

No Brasil, embora as barreiras sejam consideráveis, programas governamentais como a Lei do Bem, aliados a linhas de crédito com incentivos fiscais, são catalisadores potentes para o desenvolvimento tecnológico.

A Alora Tecnologia, com sua profunda expertise e rede extensa de contatos, está equipada para orientar sua empresa através desses desafios, maximizando as oportunidades disponíveis para financiar seus projetos de inovação.

Este artigo é apenas o começo; convidamos você a aprofundar-se mais e explorar como podemos ajudá-lo a transformar seus projetos inovadores em realidade.

Visite nosso blog para mais insights ou entre em contato para consultoria personalizada. Aproveite as portas que a inovação abre para o crescimento sustentável e competitivo.

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